A doença de Parkinson é extremamente frequente, existindo em todo o mundo e acometendo ambos os sexos. A prevalência da doença é em torno de 360 casos/100.000 habitantes. A maioria dos casos inicia após os 50 anos, com um aumento importante após os 60 anos, proporcionando a existência de um número cada vez maior de doentes com o aumento da expectativa de vida da população.
Os portadores da doença apresentam alterações nas atividades de sua vida diária necessitando tratamento especializado e apoio multiprofissional. Em função disto, o SNN, Serviço de Neurologia e Neurocirurgia de Passo Fundo desenvolveu em sua nova clínica o Centro Especializado de Tratamento do Parkinson e Distúrbios do Movimento.
Os neurologistas Dr. Leonardo Frighetto e Dr. Alan Christmann Fröhlich são os médicos responsáveis por este serviço no SNN.
Dr. Leonardo Frighetto
Neurocirurgião
Fellow UCLA Universidade da California Los Angeles
Certificado pelo ECFMG (American Board), USA.
Dr. Alan Frohlich
Neurologista
Residência no Hospital de Clinicas de Porto Alegre (UFRGS)
Objetivos do Centro Especializado de Tratamento do Parkinson e Distúrbios do Movimento
- Proporcionar aos portadores da doença as melhores alternativas de tratamento clínico e cirúrgico;
- Informar a comunidade sobre os resultados mais recentes de pesquisas na área da Doença de Parkinson;
- Dispor de equipe multiprofissional especializada na Doença de Parkinson composta especialistas nas áreas de neurologia, neurocirurgia, fisioterapia neurológica, fonoaudiologia, psicologia, odontologia, nutrição e assistência social;
- Disponibilizar a troca de experiências através do Grupo de Apoio.
Fisioterapia e Doença de Parkinson
As alterações físicas e funcionais nos pacientes portadores da doença de Parkinson são inúmeras. A fisioterapia neurofuncional atua de forma a protelar os déficits neuromotores e potencializar as ações funcionais.
Para isso, realiza técnicas específicas que visam: diminuir a rigidez articular, aumentar a amplitude de movimento das articulações, prevenir quedas, melhorar a postura e a marcha, a fim de fazer com que o paciente realize as atividades da vida diária com eficiência e segurança. O setor de Fisioterapia do SNN oferece ainda, reabilitação a partir da realidade virtual e hidroterapia, reforçando a importância de um atendimento interdisciplinar para o bem estar do paciente parkinsoniano.
Nedi Mello dos Santos Magagnin
SNN- Departamento de Fisioterapia Neurofuncional
Fonoaudiologia e a Doença de Parkinson
Problemas Fonoaudiológicos:
– Disartrias: dificuldades na fala e na voz. Se caracterizam por alterações na respiração, fonação, articulação, ressonância e prosódia (melodia da fala). A voz se torna monótona e de baixa intensidade (redução do volume da voz).
– Disfagia: dificuldades na deglutição. Pode causar acúmulo de saliva e alimentos na boca e escape de saliva pelos cantos da boca (sialorréia).
Objetivos da reabilitação fonoaudiológica:
– Reabilitação vocal: tem o objetivo de levar o paciente a desenvolver a melhor voz possível, melhorando a comunicação oral.
– Melhorar a dificuldade na deglutição: promover melhor controle salivar, diminuir as dificuldades de iniciar a deglutição, manter o prazer alimentar e a proteção da via aérea (evitar que o alimento seja aspirado para os pulmões).
Sabrina Scherer e Patricia Zart
SNN- Departamento de Fonoaudiologia
Psicologia e Doença de Parkinson
Problemas Psicológicos:
* Déficits em diversas áreas da cognição: memória, atenção, abstração, linguagem, velocidade de processamento, planejamento e execução de ações voluntárias. Há casos que evoluem para demência.
* A depressão também é comum nesta doença e pode causar prejuízos cognitivos semelhantes aos observados em quadros demenciais.
Objetivos Psicológicos:
* Avaliação neuropsicológica: recurso complementar útil para determinar a severidade do déficit cognitivo
* Psicoterapia: parte da estratégia terapêutica no manejo dos sintomas depressivos associada ou não a medicamentos
Rosimar Carrão e Juliana Frasson
SNN- Departamento de Neuropsicologia
Odontologia e Doença de Parkinson
A Doença de Parkinson possui alguns aspectos que devem ser considerados ao estabelecer-se um plano de tratamento odontológico. Muitos deles referem-se à dificuldade motora que o paciente adquire à medida que a doença evolui. As atividades de vida diária, que antes eram executadas com facilidade, passam a ser de difícil realização, como locomoção, higiene pessoal, higiene bucal e disposição para sair de casa, inclusive para ir ao dentista. Nas fases iniciais da doença, o paciente ainda consegue realizar os movimentos de escovação, mas, à medida que a doença evolui, os movimentos não são precisos, o que requer o auxílio de um familiar para atingir um bom nível de higienização. Os retornos ao consultório odontológico devem ser frequentes, para que o profissional possa manter a higiene e a manutenção dos cuidados odontológicos.
O cirurgião-dentista deve ter conhecimento, também, sobre o tratamento medicamentoso da Doença de Parkinson, para poder adequar o atendimento ao período em que o paciente estiver com os sintomas mais controlados.
Paula C. G.Ritter Fröhlich – CRO/RS 14440
SNN- Departamento de Odontologia